domingo, 16 de junho de 2013
Tão longe, mas nada distante.
A vida sempre nos reserva agradáveis oportunidades e surpresas. Conforme
já contei diversas vezes aqui, foi graças a esse espaço no qual publico as
minhas Doces Lembranças que tive a oportunidade de reencontrar meus
amigos e amigas de infância e adolescência e suas famílias. A Sueli Perallis
Weidner foi uma delas. Graças aos encontros das “meninas” do Castelo,
sempre que ela está no Brasil, visitando seus familiares, temos a oportunidade
de bater papos bem gostosos. Faz mais de 10 anos que a Sueli mora em
Kleve, uma agradável cidade alemã, que fica na fronteira com a Holanda. Mais
ou menos 1h30 de carro.
O ano passado, quando estive na Holanda com a equipe da Expoflora, pensei
em visita-la, mas como eu fazia parte de um grupo de trabalho e o tempo foi
mais escasso do que eu previa, adiei meus planos. Mas, prometi a mim mesma
que na primeira oportunidade que eu tivesse de viajar novamente para a
Europa faria uma visita à minha amiga.
A oportunidade surgiu no final de abril – motivo pelo qual não consegui
escrever as Doces Lembranças para publicação na edição passada -, quando
fui novamente a trabalho para a Holanda. Dessa vez eu torci muito para que
os meus compromissos – lá e aqui – permitissem que eu pudesse esticar um
pouquinho a viagem e fizesse uma rápida visita a ela.
Como quem deseja muito uma coisa e lança esse desejo ao universo consegue
realiza-lo, lá fui eu, no inicio desse mês, conhecer a encantadora cidade onde
vivem a Sueli e o Karl. Com toda a gentileza que é peculiar das famílias Perallis
e Weidner, a Sueli e o Karl foram me buscar em Alsmeer, a cidade holandesa
onde eu estava e, antes de seguir para Kleve, aproveitei para levá-los ao
Keukenhof, um parque localizado em Lisse, pertinho de Amsterdam, e que
abre somente dois meses durante o ano para que as pessoas possam admirar
os magníficos canteiros e as exposições de flores. Nem preciso dizer quanto
agradável foi o nosso dia.
Sueli, a sogra dona Oma e o marido Karl
Fui recebida com tanto carinho e generosidade pelos meus amigos que nem
imagino como retribuir. A Sueli, uma excepcional chef de cozinha, fêz de tudo
para que experimentasse os mais tradicionais e deliciosos pratos da culinária
alemã. O Karl, agora meu amigão também de copo, caprichou na escolha das
cervejas e vinhos. Uma acolhida daquelas que aquece a alma e o coração.
A Sueli foi uma guia turística maravilhosa e me levou para caminhadas pelo
bosque próximo à sua casa, para conhecer o cemitério dos ingleses, construído
logo após o término da II Guerra Mundial (um lugar incrível que guarda parte
importante da história), os lugares mais lindos de Kleve, e, ainda, permitiu que
eu compartilhasse de seu dia a dia e de seus amigos. Conversamos tanto, mas
tanto, que ela ainda deve estar descansando os seus ouvidos.
O bacana de tudo isso, o grande aprendizado que fica, é que o tempo e a
distância são muito relativos e, tanto um como o outro, apenas são longos se
não tivermos as pessoas dentro dos nossos corações. Pois, quando estamos
próximos em pensamentos e em ideais de amizade ou de amor, nem o tempo e
em a distância existem.
Obrigada, Sueli e Karl pela hospitalidade e pelo carinho. Está em pé o
jantarzinho em minha casa quando vocês vierem ao Brasil. Espero que seja em
breve. Agradeço a Deus a oportunidade que ele me deu de poder estar com
vocês. Eu, simplesmente, adorei.
Por: Vera Longuini: jornalista e escritora -vera@ateliedanoticia.com.br
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