terça-feira, 2 de novembro de 2010

A festa "Bárbara"

Denise, Zete, Susi, Neusinha, Mara, Verinha e Lazinha


Ir ao casamento de amigos é uma benção. Mas constar da lista de convidados da cerimônia matrimonial dos filhos deles é uma dádiva ainda maior, pois representa uma carinhosa demonstração de que os amigos desejam compartilhar conosco a felicidade deles. Acho que foi o excesso de alegria que me fez até errar a data do casamento da Bárbara e do Gustavo – ela, filha do Celso e da Silmara Perallis e, ele, filho do Pedro e da Francisca Salmazo.
Na sexta-feira, dia 15 de outubro, encerrei o trabalho mais cedo e voei para o salão de cabeleireiro. Telefonei várias vezes para o Marcos a fim de que não se atrasasse, pensando no trânsito, já que a cerimônia estava marcada para as 19h15.
Às 18h50, produzidíssima, maquiada, penteada e vestida com um longo ocre-dourado, agarrei a bolsa e saímos. Como sou muito atrapalhada, ainda no elevador decidi conferir qual seria a igreja, já que uma semana antes havíamos participado de outro casamento e temi confundir o local.
Ao abrir o convite, só consegui ler a data: 16 de outubro, que parecia destacar-se do restante do texto. Senti um calafrio percorrer a espinha e a ameaça de suor sobre a maquiagem. Olhei para o Marcos e perguntei-lhe docente:
- Que dia é hoje?
-15, ele respondeu.
Como as letras insistem em misturarem-se quando estou sem óculos para leitura solicitei ao Marcos que lesse a data do casamento que constava no convite.
-16 de outubro, disse-me ele, fitando-me com ar irônico.
Não sei se ri de incredulidade ou por achar divertida a confusão que eu fiz. O jeito foi voltar para casa, trocar a roupa e sair para badalar, aproveitando a maquiagem e o cabelo arrumado, que tiveram, é claro, que ser refeitos no dia seguinte.
Sobre o casamento, eu nunca estive em uma festa na qual os noivos aproveitassem tanto para comemorar com os amigos. No meu casamento eu não aproveitei nada. Mal terminei de cumprimentar as pessoas da última mesa, e já havia quem viesse se despedir.
A Bárbara e o Gustavo, ao contrário, planejaram tudo com muita eficiência. Para curtir com os convidados que lotaram os dois andares do Campinas Hall, eles foram logo para a pista de dança de onde comandaram a festa junto com a banda que tocava ao vivo.
A cada momento os convidados recebiam adereços para fomentar a animação: pandeiros com fitas verdes e vermelhas para acompanhar as tarantelas; tiaras com véus para todas as mulheres no momento do buquê; máscaras com a caricatura do noivo para que a Bárbara, literalmente, visse apenas o rosto do Gustavo em qualquer homem para o qual, sem querer, ousasse olhar. A noiva não se intimidou e subiu ao palco para cantar o Ila ilariê.
A família Perallis dominou a pista. A Susi fez um tremendo sucesso com seu transparente vestido verde-água. A Denise e o Dorival esbanjaram elegância como padrinhos. A dona Dóris reviveu seus momentos românticos dançando coladinha com o neto Vinicius, talvez relembrando o seu casamento com o saudoso sr. Reinor. A Sueli veio especialmente da Alemanha com o Karl e os filhos Patrícia e Eduardo. E o Lilão não deixou ninguém parado no salão. Na nossa mesa, o gostoso bate-papo reuniu a Zete e o Cesar, a Neusinha e o Waldir, a Lazinha e Clovinho, a Mara e o Nando Barcelos e o Marcos e eu.
O Celso e a Silmara não escondiam o orgulho e a alegria. Na saída, bem-casados foram entregues em delicadas caixinhas de madeira branca decoradas com flores, assim como um criativo e delicado porta-lingerie. Uma festa alegre, como o momento vivido por todos. Um brinde aos noivos. A festa estava, simplesmente, ..."Bárbara"!