terça-feira, 10 de julho de 2012
Linha direta
A Festa Junina da Igreja Cristo Rei parece ter batido todos os recordes: de
público, de patrocinadores, de colaboradores e de voluntários. Nos quatro dias
do evento não havia espaço nas mesas dispostas na quadra de futebol e na
rua lateral, assim como no salão onde foi realizado o bingo.
Os banners dos patrocinadores já tomaram todo o alambrado do espaço
externo e, apesar das longas filas, principalmente nas barracas de pastel e
do sanduiche de calabresa e nos brinquedos pula-pula e touro mecânico, o
atendimento feito pelos voluntários foi impecável. O tempo ajudou e a chuva,
que insistiu em cair forte até a sexta-feira que antecedeu a festa, cessou.
Dizem as boas línguas que foi graças ao seguinte recadinho que o Cônego
Luis Carlos Magalhães mandou para São Pedro pelo facebook:
“Bom dia, meu amigo Pedrão. Neste final de semana e, também, no próximo,
vamos ter a festa junina aqui na Paróquia Cristo Rei. É uma festa muito
bacana na qual toda a comunidade seu reúne com muita alegria. Se continuar
chovendo assim, a festa pode ser prejudicada. Pela consideração que o senhor
tem com nossa comunidade, peço de feche as torneiras aí um pouquinho.
Nossa comunidade agradece. Assinado, padre Maga”.
Pedido atendido, festa realizada com sucesso. Estive lá para conferir e
encontrei muitos amigos queridos dos quais aguardo os e-mails prometidos
com várias histórias para serem contadas aqui. Com a Márcia Barcelos, a
Susi Peralis, a Elizeth Marcolino e a Neusa Fantini lembramos da época em
que dançávamos a quadrilha no Cristo Rei. Em uma delas, a Marcia Barcelos
foi a noiva e chegou em um Ford 59. Quem foi mesmo o noivo? Surgiram
vários nomes e nenhuma conclusão. A Neusinha foi mãe da noiva e criou um
personagem manco para disfarçar o saltinho quebrado do sapato escolhido
para a dança.
Naquela época não havia bingo, ou, melhor dizendo, o jogo era conhecido
como tombola. Nada de salão fechado, mesinhas, cartelas de papel e canetas.
Todos ficavam em volta de uma barraca quadrada. As cartelas eram fixas,
pintadas nos aparadores de madeira. Os números eram marcados com grãos
de feijão. Não havia quadra e nem quina. Só valia a cartela cheia. E todos
saiam com o frango assado com farofa, um dos prêmios ofertados. Menos
eu, que nunca ganhei nada em sorteio, rifas e afins. Talvez seja por isso que
não suporto jogos. Sempre saio com as mãos vazias, mesmo quando todos
ganham, como nos bingos que as “meninas” insistem em fazer – graças a Deus
que só de vez em quando – em nossos encontros das Luluzinhas.
Antes de terminar peço licença para homenagear duas pessoas queridas
que muito contribuíram com a Igreja Cristo Rei e não estão mais, pelo
menos fisicamente, entre nós: o engenheiro Eduardo Mafissione, irmão da
Neusinha Fantini, responsável pelo projeto do salão de festas da paróquia;
e o Sr. Valdomiro Turatti, que todos chamavam de Vlad, marido da dona
Leonina (a dona Nina) e pai da Laine e da Heloisa, que por mais de 40 anos
participou ativamente no Cristo Rei. Que Deus conforte os familiares e amigos,
amenizando a saudade que, certamente, sempre dará aquela triste apertadinha
em nossos corações.
veralonguini@ateliedanoticia.com.br
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