sexta-feira, 21 de março de 2014

Doces Lembranças ...Foi no carnaval que passou

É incrível como tem gente que gosta de pegar no pé. Só porque eu confundo nomes, datas e horários não significa que o mundo vai acabar. Depois que eu troquei o nome do meu ex-marido no dia do casamento – e se ele me perdoou por isso, conforme já contei aqui –, não tenho que me preocupar com explicações, principalmente quando as minhas confusões não fazem mal a ninguém. No máximo, provocam risos. E me criticarão por provocar sorrisos? Mas, desta vez, nem culpa eu tive e acabei levando a fama. Tudo começou quando a Lázara Paes Leme mandou-me um e-mail perguntando se eu iria ao Baile do Vermelho e Branco, no Carnaval do Clube Campineiro de Regatas e Natação. Como no comando da assessoria de Imprensa do clube está a nossa querida amiga Renatta Sanches e essa seria uma incrível oportunidade de revê-la e estar entre amigos, topei na hora. Afinal, quando nós fazíamos a cobertura dos carnavais nos clubes campineiros pelas emissoras de rádio e televisão e pelos jornais da cidade, marcávamos sempre como ponto de encontro da Imprensa o Clube Regatas. Conforme terminávamos o traba­lho seguíamos para lá e aproveitávamos o restinho da madrugada. Pois na sexta-feira, dia 27, ain­da trocamos e-mails – a Lazinha, o Clóvis Cordeiro e eu –, para combinarmos o horário em que nos encontraríamos na entrada do clube. Não bastasse isso, ainda convidei vários amigos e incentivei outros tantos a irem ao baile. Enquanto a Lázara e o Clóvis foram jantar no Bem Bom, onde encontraram o Edson e a Marinêz Baptista, eu fui com amigos ao Cenário, já que a proximidade do restaurante com o clube me impediria de chegar atrasada ao compromisso carnavalesco. As 22h30, conforme combinado, fui para a porta principal do Regatas, na Rua Guilherme de Almeida. Portões fechados. Tudo apagado. Pensei: -O baile deve ser no salão social. Voltei ao carro e demos uma volta pelo bairro, até alcançarmos o salão social pela Rua Maria Monteiro. Cena repetida: portões fechado, tudo apagado. Nisso, toca o meu celular e, do outro lado da linha, a Lázara Paes Leme. -Onde você está? - Aqui, em frente ao salão social. E você? - Aqui, em frente ao Ginásio de Esportes. -Está tudo apagado, eu disse. - Eu sei, responde a Lazinha. O baile é amanhã, e não hoje. Fomos com o carro até a esquina onde estavam a Lázara e o Clóvis, em pé, com as roupas vermelho e branco como exigia o figurino, e com máscaras e colares havaianos como adereços. -O baile é amanhã, disse ela, rindo. Só descobrimos porque, ao chegar aqui e verificar que tudo estava apagado, perguntamos para um sócio qual o horário começaria o baile do Vermelho e Branco. Quando ele respondeu que seria às 22h, ainda retruquei: “mas já são dez e meia”. Foi, então, que o sócio explicou que o baile seria às 22h de sábado e não da sexta-feira. Como eu receberia visitas de Brasília no sábado, perdi o baile. Mas o Clóvis e a Lazinha, pelo que eu soube e vi nas fotos, seguiram a orientação do sócio que informou o dia correto do evento: voltaram para casa rapidinho para não sujar a roupa vermelha e branca que vestiam, para poder usá-la, impecável, no outro dia. Assim, como se nada tivesse acontecido!

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Doces lembranças... Roteiro delicioso

Vera Longuini veralonguini@ateliedanoticia.com.br Bares e restaurantes sempre foram saborosos atrativos turísticos, seja para os moradores como para os visitantes de uma cidade. Aa pessoas estão sempre pedindo referências gastronômicas ou indicando os lugares nos quais se pode saborear uma boa comidinha ou curtir um ambiente delicioso com os amigos. Embora não estejam nos guias de Turismo de Campinas e quase nunca apareçam em roteiros gastronômicos, os restaurantes, bares e lanchonetes da região do Castelo e do Guanabara sempre foram referência na cidade. Quem não se lembra das pizzarias Etna, Torre de Pizza e Timbó? Foram pioneiras nesse ramo e durante anos funcionaram, respectivamente, nos antigo balão do Castelo e no cruzamento da avenida Brasil com que desce do Bosque dos Alemães. Na minha infância e adolescência lembro-me também de ser levada por meus pais a um restaurante do qual eu não me lembro o nome, na avenida Alberto Sarmento, que tinha como atração um trio musical paraguaio, Agradava tanto que chegou a ser contratado para tocar nas festas da minha família. Muitos ainda devem se lembram do Pilão, na Rua Cândido Gomide, um interessante ponto de encontro no final dos anos 1970, e da tradicional cantina alemã que ficava na Andrade Neves, nos anos 80. O Sorriso, na esquinas das ruas Rosa de Gusmão e Miguel Penteado, substituiu a Tulipa, point das noites de sexta e sábado. Dos estabelecimentos que resistiram ao tempo posso citar o Ranchu que começou como lanchonete na Rua Ana Gomes. O Nonno Miquele, o Bem Bom, o Frango Atropelado, a Panela de Barro e a Churrascaria Chimarrão fazem parte da lista dos mais recentes. Pois foi observando a história e o potencial desses bairros que o chef Sergio Rauen há dois anos transferiu as panelas e caçarolas do Corina Rotisserie do bairro Cambuí para o Guanabara e, em breve, instalará nas proximidades do restaurante a sua famosa escola da Gastronomia. Talvez a Escola seja o ingrediente que faltava para impulsionar um projeto que há anos vem sendo elaborado pelo, mas que até agora não saiu do papel: a criação de uma associação dos bares, restaurantes e lanchonetes da região do castelo, Guanabara e Botafogo. A receita para o sucesso dessa empreitada passa pelo know how do chef Sergio Rauen que, além de reconhecido no setor, muito fez pela gastronomia campineira, inclusive como organizador de importantes festivais gastronômicos. Para ele, a região também pode tornar-se um pólo gastronômico a exemplo do Cambuí, de Barão Geraldo e de Sousas e Joaquim Egydio. A conversa, ao contrário dos que muito pensam, não está em banho maria. Ao contrário: está quase no ponto de ser servida. Uma lei, de autoria do vereador Luiz Carlos Rossini, do PV, criando o Polo Gastronômico, Cultural e Turístico na região compreendida pelos bairros Guanabara, Botafogo, Castelo e Jardim Chapadão já foi até sancionada pelo prefeito Jonas Donizette. Em volta da mesa para definir a atuação da associação que colocará a lei em prática, já estão, além do Corina, o Nono Miquele, o Bem Bom, o Panela de Barro, a Churrascaria Chimarrão, o Frango Atropelado e a Casa Bonim. No cardápio a ser levado à Prefeitura, estão ações que vão desde a solicitação da inclusão da região no roteiro gastronômico da cidade à sinalização indicando a posição dos restaurantes, passando pela promoção de cursos de formação de mão de obra para garantir a qualidade no atendimento. Os ingredientes estão sendo definidos para que a associação seja criada na medida certa para atender aos comerciantes e moradores desta região. Quem quiser meter a colher nessa importante ação para o bairro, basta solicitar a participação na próxima reunião já agendada para segunda-feira, 10 de fevereiro, no Corina, que fica na Rua Barbosa de Andrade 06. Só esse esforço dos restaurantes já merece um resultado saboroso.