terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Doces lembranças ... Amizade para toda a vida

Tenho que agradecer a Deus, todos os dias, os bons amigos que ele colocou na minha
vida não apenas em momentos singulares, mas para me acompanharem durante toda a
minha jornada. A maioria deles vem e vão. E mais uma vez retornam ao meu convívio.
Quem conviveu comigo no final dos anos 1980 se lembrará da Shirley Costa, que agora
assina também Charbonnier, graças ao seu casamento com o Jean Michel, um simpático
francês que tenta me convencer de que é rabugento. Eu a conheci em 1987 quando da
minha estréia como professora no Curso de Jornalismo da Puc. Ela era amiga de alunos
meus. Tínhamos, todos, pouco mais de 20 anos de idade.
Shirley morava em Valinhos e trabalhava, então, na loja de roupas da Rosângela.
Ficamos amigas de imediato. Saíamos para as noitadas, principalmente às quintas-
feiras, no Flor de Liz, com a Laine Turati e o Ivan Fontana. Sempre dormíamos na casa
da mãe dela ou da minha.
Dois anos depois de uma amizade bem chiclete, Shirley decidiu tentar a vida em
Portugal junto com as amigas Dayla e Marcia. Na época não existiam celulares e muito
menos internet. A ligação telefônica para o Exterior custava uma fortuna e a nossa
comunicação começou por meio de cartas e cartões em datas especiais. Em 1994 tive
a oportunidade de viajar para a Europa e inclui Portugal no roteiro para reencontrar a
minha querida amiga. Passamos uma semana maravilhosa entre Lisboa e o Algarves.
Nos anos seguintes muitas coisas aconteceram na minha vida e na dela e acabamos
nos separando. Eu perdi os contatos da Shirley e, ela, os meus. Conseguimos nos
reencontrar em 2004, quando participei do Programa do Jô para falar sobre o livro
biográfico de Vandir Dias. O programa foi exibido em Portugal e assistido pela Eliana,
a irmã mais nova da Shirley, que sempre foi obrigada a ceder sua cama para mim.
Apesar disso, Lica teve o cuidado de ligar para a produção do Jô para pedir o meu
telefone. Em 2007 Shirley e Jean Michel estiveram aqui. No ano passado, consegui
passar três dias com ela em Cascais, no apartamento da Eliana, que, é lógico, foi
obrigada, mais uma vez, a ceder a cama para mim e até hoje questiona se fez bem em
me localizar. Foi pouco para matar tanta saudade. Tanto que voltei agora, no final do
ano, para passar as festas em Estremoz com essa família maravilhosa. Sinto muito
orgulho dessa bem sucedida empresária que mantêm um escritório de comunicação
em Portugal e, outro, em Madri, e que ainda chamo de Shirloca. A vida na Europa e o
sucesso profissional e pessoal não alteraram em nada a sua meiguice, o seu coleguismo,
o seu companheirismo e a nossa grande amizade. Espero, de verdade, que a vida nunca
mais nos separe.


Vera Longuini
veralonguini@ateliedanoticia.com.br

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